Wednesday, September 27, 2006

Adeus , meu amor .

' Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
E o que nos ficou não chega
Para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
Gastámos as mãos à força de as apertarmos,
Gastámos o relógio e as pedras das esquinas
Em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
Era como se todas as coisas fossem minhas:
Quanto mais te dava mais tinha para dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
Porque ao teu lado
Todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
Era no tempo em que os meus olhos
Eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
Uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
Já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
Tenho a cereza
De que todas as coisas estremeciam
Só de murmurar o teu nome
No silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
Não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus. '

( Os Amantes sem Dinheiro, 1950 )

Saturday, September 23, 2006

Dizes, prometes e até roubas .




Cada vez que falas, que dizes que me amas mais-que-tudo, sobe-me um arrepio e um 'amo-te' sai-me sem eu perceber bem como. Não faço de propósito mas, talvez, como é verdade, eu digo-o com o coração e assim não consigo impedir que o ouças!
Prometes que seremos um do outro e um só para todo o sempre e o mesmo arrepio faz-me acreditar, faz aparecer um sorriso enorme e contagiante nos meus lábios.
No fundo, no coração, eu acredito plenamente em cada virgula que sai da tua boca mas quando penso se será mesmo verdade sinto um aperto no coração. Um medo. De te perder. De sofrer. De ficar sem o teu apoio, que me é tão valioso.
Sem darmos por isso somos roubados, um pelo outro. Roubamo-nos mutuamente. O teu coração passou a ser meu, e o meu agora é teu!
És, sem dúvida, o melhor amigo do mundo. E o mundo fez com que fossemos (apenas) amigos, verdadeiros.

Monday, September 18, 2006

Podem tentar .



Por mais que tentem não vou deixar que nada nem ninguém nos separe,
És mais precioso do que um tesouro valioso p'ra eu querer correr o risco de te perder.

(L' Luís Filipe .

Wednesday, September 13, 2006

Os nossos caminhos .



Sim, eu acredito plenamente que chegar a ti é o meu destino.

Acredito também que te irei encontrar mais cedo do que espero, porque sei que virás ao meu encontro!

Algures no meio do destino, todos os outros caminhos que possam existir vao desaparecer e aí seremos um só!

(L'

Monday, September 11, 2006

Cada toque teu .




Cada toque teu é uma prova das promessas que um dia ouvi.
Sinto, em cada toque, que o sentimento ainda permanece.
E assim, o tempo vai passando, a promessa vai-se cumprindo e nós permanecemos um do outro!
Mas, o que sentes quando te toco?
Confesso que nao sei, mas o meu desejo é que sintas apenas o bater do meu coraçao.
Pq enquanto ele bater, serei tua!

Tuesday, September 05, 2006

Eternamente.




Apesar de tudo, eu sei que todos os momentos de felicidade conseguem ser superiores a todos os pontos de interrogaçoes.

Apesar de todas as lágrimas, eu sei que os sorrisos vencem a batalha do mais forte.

Apesar de todos os sentimentos menos bons que aparecem, o mais forte é sempre a nossa amizade e o amor que nela existe.

Apesar de tudo,

Sou eternamente tua,

És eternamente meu,

Somos eternamente.

Saturday, September 02, 2006

Vou até ti.

















Chegaste perto de mim e pediste-me a mao.
Sim, confesso que tive receio, tremia, nao sabia se devia confiar.
Disseste para eu nao ter medo e eu aproximei-me.
Aos poucos conseguiste conqistar alguma da minha confiança e eu chegava-me cada vez mais perto de ti.
Um dia prometeste-me que iamos ser um do outro para sempre e pediste para eu nada dizer, apenas fechar os olhos e te abraçar!
Mais uma vez confiei, e segui as tuas palavras.
Falavas de uma forma doce e calma. Contagiavas de uma maneira tal q dei por mim seduzida.
A amizade ia crescendo, as promessas nao paravam de ser proclamadas, as palavras saiam do coraçao e eram verdadeiras.
Era feliz, tu também.
Eu perdi o medo, sabia que me amparavas numa possivel queda, confiava que estavas ali.
Certo dia, acordei, olhei em volta e nao te vi. Chamei por ti e tu respondeste.
Chegou-me aos ouvidos uma resposta fria e cruel.
Eu nao queria ouvir nenhuma daqelas palavras, mas tu nao te calavas e insistias em grita-las para que eu as ouvisse uma a uma!
Dei-te amor, retribuiste com ódio. Dei-te felicidade, entregaste-me angustia. Dei-te a minha vida e tu acabaste por rouba-la, destrui-la, acabaste com ela sem qualquer sentimento de saudade dos bons momentos...