Tuesday, October 24, 2006

Uma carta de Amor ...


" Sabes... Eu nunca fiz isto. Nunca escrevi uma carta de amor! Nunca, Porque se calhar nunca amei tão verdadeiramente para o conseguir. Se calhar nem amei, mesmo. Mas e agora? Tento escrever uma e as palavras não me saem. Eu sinto-as dentro de mim, mas estão presas a algo que me incomoda. Que será isso? Algumas pessoas dizem que isso é que é o amor. O puro, o verdadeiro. Gostava de conseguir perceber isso ( o que vai dentro de mim ), para conseguir deixar de sofrer, e para que as palavras possam sair livremente. Ou então, no caso de não conseguir perceber, queria matar o que está dentro de mim. Já ouvi dizer para não o fazer, ( esta segunda opção ). Mas não entendo. É normal ouvir-se dizer 'cortar o mal pela raiz', ora, então mata-se de vez. O pior, o problema é que eu não sei se isto que me corre nas veias faz mal. Apenas sei que só apareceu depois de ti. Parecia um ticket. Apareceste tu e logo a seguir 'ele' veio a correr. Será que tu sabes? Será que alguém sabe? Ou melhor, será para saber? Receio que não vá ouvir a resposta mais agradável, mas no fundo sei que preciso dela. Para continuar. Porque o que anda dentro de mim, não só deixa que não me saiam as palavras, como també me impede de dar um passo que seja. Será doença? ( Fogo, isto era suposto ser uma carta de amor. E talvez, já estejas farto de mim! ). Mas eu preciso disto, é a primeira vez que pego na caneta e no papel e deixo que as mãos desenhem as letras que exprimem os meus sentimentos. Um sentimento? Será mesmo isso? Aiiiii. Tenho medo de não saber lidar com isto. Tenho medo de me magoar. Tenho medo de não voltar a encontrar o teu ombro. Medo. Eu tenho medo de ter medo. O amor também terá disso (medo)? E será que o estou mesmo a sentir? Ajuda-me, é tudo o que te peço. Talvez já saibas lidar com tudo isto e troçes de mim enquanto lês isto, ou talvez nem leias. Isso não sei! Sabes qual é a única coisa que sei? Que não tenho receio em admiti-lo? E não padeço de qualquer dúvida? Amo-te. Palavrinha pequena, mas que descreve na perfeição tudo o que corre dentro da pessoa em que me tornaste. "

Wednesday, September 27, 2006

Adeus , meu amor .

' Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
E o que nos ficou não chega
Para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
Gastámos as mãos à força de as apertarmos,
Gastámos o relógio e as pedras das esquinas
Em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
Era como se todas as coisas fossem minhas:
Quanto mais te dava mais tinha para dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
Porque ao teu lado
Todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
Era no tempo em que os meus olhos
Eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
Uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
Já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
Tenho a cereza
De que todas as coisas estremeciam
Só de murmurar o teu nome
No silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
Não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus. '

( Os Amantes sem Dinheiro, 1950 )

Saturday, September 23, 2006

Dizes, prometes e até roubas .




Cada vez que falas, que dizes que me amas mais-que-tudo, sobe-me um arrepio e um 'amo-te' sai-me sem eu perceber bem como. Não faço de propósito mas, talvez, como é verdade, eu digo-o com o coração e assim não consigo impedir que o ouças!
Prometes que seremos um do outro e um só para todo o sempre e o mesmo arrepio faz-me acreditar, faz aparecer um sorriso enorme e contagiante nos meus lábios.
No fundo, no coração, eu acredito plenamente em cada virgula que sai da tua boca mas quando penso se será mesmo verdade sinto um aperto no coração. Um medo. De te perder. De sofrer. De ficar sem o teu apoio, que me é tão valioso.
Sem darmos por isso somos roubados, um pelo outro. Roubamo-nos mutuamente. O teu coração passou a ser meu, e o meu agora é teu!
És, sem dúvida, o melhor amigo do mundo. E o mundo fez com que fossemos (apenas) amigos, verdadeiros.

Monday, September 18, 2006

Podem tentar .



Por mais que tentem não vou deixar que nada nem ninguém nos separe,
És mais precioso do que um tesouro valioso p'ra eu querer correr o risco de te perder.

(L' Luís Filipe .

Wednesday, September 13, 2006

Os nossos caminhos .



Sim, eu acredito plenamente que chegar a ti é o meu destino.

Acredito também que te irei encontrar mais cedo do que espero, porque sei que virás ao meu encontro!

Algures no meio do destino, todos os outros caminhos que possam existir vao desaparecer e aí seremos um só!

(L'

Monday, September 11, 2006

Cada toque teu .




Cada toque teu é uma prova das promessas que um dia ouvi.
Sinto, em cada toque, que o sentimento ainda permanece.
E assim, o tempo vai passando, a promessa vai-se cumprindo e nós permanecemos um do outro!
Mas, o que sentes quando te toco?
Confesso que nao sei, mas o meu desejo é que sintas apenas o bater do meu coraçao.
Pq enquanto ele bater, serei tua!

Tuesday, September 05, 2006

Eternamente.




Apesar de tudo, eu sei que todos os momentos de felicidade conseguem ser superiores a todos os pontos de interrogaçoes.

Apesar de todas as lágrimas, eu sei que os sorrisos vencem a batalha do mais forte.

Apesar de todos os sentimentos menos bons que aparecem, o mais forte é sempre a nossa amizade e o amor que nela existe.

Apesar de tudo,

Sou eternamente tua,

És eternamente meu,

Somos eternamente.